Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de janeiro, 2020

Uma abordagem às culturas populares e às bordadeiras de Arraiolos

A visita a Arraiolos foi muito agradável e enriquecedora. Arraiolos é uma vila portuguesa situada no Distrito de Évora, com cerca de 3,500 habitantes, conhecida pelos seus tapetes e pelo seu castelo, que é circular. Tapete do Centro Interpretativo Tapete de Arraiolos Os tapetes são bordados à mão por gerações e gerações de bordadeiras. No Centro Interpretativo "Tapete de Arraiolos" tivemos a sorte de conversar um pouco com dois bordadeiras que trabalham no Centro, e também de ver como elas fazem os tapetes. Sendo tão culturalmente enraizados, são um exemplo de como trabalho, música, ritmo, criatividade, história... se entrelaçam. De acordo com Joana Isabel Bajuca Nunes (2019, p.15) no seu relatório de estágio de mestrado : "Segundo Lobo (2016), existem várias teorias sobre a origem dos tapetes de Arraiolos, uma das quais da autoria de Sousa Viterbo, que defende que estes podem ter origens mouriscas. Esta tese foi completada posteriormente por Maria José Mendon

Achados bibliográficos interessantes na Universidade de Évora

Um dos trabalhos importantes desta estada académica é visitar o centro de documentação da Universidade de Évora, porque, embora pareça que tudo esteja na internet, na realidade existem muitos livros que não encontram as pesquisas tão inteligentes do Google. Colégio do Espírito Santo (Universidade de Évora) Estes são alguns livros interessantes que eu achei: Arimateia, Rui (2011). Oralidades: ao encontro de Giacometti . Lisboa: Edições Colibri. Barbosa, Bernardino & Arimateia, Rui (2000). Contos populares de Évora . Lisboa: Aríon Publicações. Correia, Conceição; Roquette, Conceição (2004). Michel Giacometti: caminho para um museu . Cascais: Câmara Municipal de Cascais, Museu da Música Portuguesa. Cutileiro, José (1977). Ricos e pobres no Alentejo . Lisboa: Sá da Costa. Freitas Branco, Jorge & Lima, Paulo (org.) (2018). Artes da Fala: Colóquio de Portel. Lisboa: Etnográfica Press. https://books.openedition.org/etnograficapress/699 Velasco Maíllo, Honorio Manuel

Algumas notas sobre oralidade

A oralidade não se refere apenas ao que normalmente é liberado pela boca nos espaços e tempos cotidianos, mas também inclui gestos, olhares, movimentos corporais, beijos, abraços, carícias... Como acontece no canto e dança, nas palavras de Antonio MANDLY (1996:202 e 204), "Esse conjunto ritualizado de sentimentos, pensamentos e ações que giram em torno do canto ou da copla, embora sempre do mundo do mostração [não demonstração ], se manifesta na intenção, no objetivo e no desejo expresso. E a força da expressão produz, por sua vez, efeitos sobre o público: sentimentos, pensamentos, ações (...). Para o antropólogo que deve estar no alho de uma daquelas situações informais que se pressente terminar em cante, não deve perder pontal no processo de acumulação quantitativa de situações que, se não distorcidas, fazem pular a faísca ". E Antonio MANDLY (1996: 207) continua apontando a importância do processo: "O que está em questão aqui não é o uso , mas o processo de usar

Projeto oralidade e histórias orais em Évora (Portugal)

De 22 de janeiro a 12 de junho de 2020, realizaremos uma estada académica na Universidade de Évora. Neste blog, criaremos e publicaremos materiais em português em relação a essa estada e, em geral, à oralidade e às culturas populares, e sua relação com a educomunicação. Numa escola de Évora O principal objectivo da estada na Universidade de Évora é aprofundar o conhecimento sobre oralidade e histórias orais para dinamizar o convívio social. Estas são algumas das atividades que farei durante a estada: Contrastar nossos conceitos teóricos de oralidade, culturas populares e histórias orais que desenvolvemos nas investigações que realizamos na Andaluzia, no País Basco e no México com a nossa estada em Portugal. Conhecer o projeto de codificação da linguagem oral Barranquenho, seus problemas e formas de pesquisa. Conhece o projeto "Dizeres", projeto do Arquivo Municipal de Sines, em parceria com a Biblioteca Municipal, com apoio científico da Universidade de Évora e cof