A oralidade não se refere apenas ao que normalmente é liberado pela boca nos espaços e tempos cotidianos, mas também inclui gestos, olhares, movimentos corporais, beijos, abraços, carícias...
Como acontece no canto e dança, nas palavras de Antonio MANDLY (1996:202 e 204), "Esse conjunto ritualizado de sentimentos, pensamentos e ações que giram em torno do canto ou da copla, embora sempre do mundo do mostração [não demonstração], se manifesta na intenção, no objetivo e no desejo expresso. E a força da expressão produz, por sua vez, efeitos sobre o público: sentimentos, pensamentos, ações (...). Para o antropólogo que deve estar no alho de uma daquelas situações informais que se pressente terminar em cante, não deve perder pontal no processo de acumulação quantitativa de situações que, se não distorcidas, fazem pular a faísca". E Antonio MANDLY (1996: 207) continua apontando a importância do processo: "O que está em questão aqui não é o uso, mas o processo de usar palavras e frases em contextos de comportamento social".
A dinâmica da oralidade é diferente da escrita, portanto, não podemos trabalhar da mesma maneira. Como Walter J. ONG (1987: 41) afirmou: "O pensamento deve se originar de acordo com padrões equilibrados e intensamente rítmicos, com repetições de antítese, alterações e assonâncias, expressões de qualificação e forma, marcos temáticos comuns (...), provérbios que todo mundo ouve constantemente, para que eles se lembrem com facilidade e que sejam modelados para retenção e repetição imediata, o outro modo mnemônico. O pensamento sério está entrelaçado com os sistemas de memória. sintaxe (...) O pensamento extenso das bases orais, que não é formalmente, tende a ser extremamente rítmico, mas o ritmo ajuda a memória, fisiologicamente incluída.
Dessa maneira, o pensamento está relacionado aos mecanismos de memória. Portanto, Walter J. ONG (1987) plantou a importância do chamado pensamento formulaico, que pode estar relacionado a uma proposta de repetições criativas das culturas orais atuais e as diferencia das seguintes maneiras de construir as escrituras:
Assim, é mais fácil construir diversidade a partir da oralidade, porque pode ser construída horizontalmente e é mais fácil gerar novas empatias, misturando elementos linguísticos e paralinguísticos e elementos semióticos-culturais, para tecer comunicações multidimensionais que facilitam novos encontros.
Walter J. ONG (1987) Oralidad y escritura: tecnologías de la palabra. Fondo de Cultura Económica. Mexiko.
Como acontece no canto e dança, nas palavras de Antonio MANDLY (1996:202 e 204), "Esse conjunto ritualizado de sentimentos, pensamentos e ações que giram em torno do canto ou da copla, embora sempre do mundo do mostração [não demonstração], se manifesta na intenção, no objetivo e no desejo expresso. E a força da expressão produz, por sua vez, efeitos sobre o público: sentimentos, pensamentos, ações (...). Para o antropólogo que deve estar no alho de uma daquelas situações informais que se pressente terminar em cante, não deve perder pontal no processo de acumulação quantitativa de situações que, se não distorcidas, fazem pular a faísca". E Antonio MANDLY (1996: 207) continua apontando a importância do processo: "O que está em questão aqui não é o uso, mas o processo de usar palavras e frases em contextos de comportamento social".
A dinâmica da oralidade é diferente da escrita, portanto, não podemos trabalhar da mesma maneira. Como Walter J. ONG (1987: 41) afirmou: "O pensamento deve se originar de acordo com padrões equilibrados e intensamente rítmicos, com repetições de antítese, alterações e assonâncias, expressões de qualificação e forma, marcos temáticos comuns (...), provérbios que todo mundo ouve constantemente, para que eles se lembrem com facilidade e que sejam modelados para retenção e repetição imediata, o outro modo mnemônico. O pensamento sério está entrelaçado com os sistemas de memória. sintaxe (...) O pensamento extenso das bases orais, que não é formalmente, tende a ser extremamente rítmico, mas o ritmo ajuda a memória, fisiologicamente incluída.
Dessa maneira, o pensamento está relacionado aos mecanismos de memória. Portanto, Walter J. ONG (1987) plantou a importância do chamado pensamento formulaico, que pode estar relacionado a uma proposta de repetições criativas das culturas orais atuais e as diferencia das seguintes maneiras de construir as escrituras:
- Frases aditivas vs. subordinadas
- Agregativo vs. analítico
- Empático e participativo vs. objetivamente distanciado
- Situacional vs. abstrato
Assim, é mais fácil construir diversidade a partir da oralidade, porque pode ser construída horizontalmente e é mais fácil gerar novas empatias, misturando elementos linguísticos e paralinguísticos e elementos semióticos-culturais, para tecer comunicações multidimensionais que facilitam novos encontros.
Referências bibliográficas
Antonio MANDLY (1996) «Echar un revezo». Cultura: Razón común en Andalucía. Centro de Ediciones de la Diputación de Málaga (CEDMA). Malaga.Walter J. ONG (1987) Oralidad y escritura: tecnologías de la palabra. Fondo de Cultura Económica. Mexiko.
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