Há coisas em que concordamos e que nos parecem interessantes e que podemos aprender com o trabalho de Giacometti. Ele trabalha, por um lado, o aprimoramento dos saberes populares, das culturas populares, da cultura do trabalho, da cultura da diversidade de gênero, e também entra no tema da cultura da etnia, passando claramente por zonas e distinguindo as várias etnias... Não sabemos se ele leva em conta a idade em suas gravações. Na realidade, então, o que ele faz é abordar a complexidade a partir da matriz sociocultural, que é onde concordamos com ele, não apenas em seu trabalho etnomusical, mas também em sua concepção de transformação social a partir das culturas populares.
Outra questão importante que Giacometti nos mostra é que precisamos entender as maneiras de trabalhar para entender a oralidade; os modos de trabalhar, de estar juntos, de celebrar... Se separarmos, por exemplo, o canto ou o conto do contexto social e natural em que ocorre, ela perde o sentido e se torna folclore.
Entre suas obras etnomusicais, destaca-se a obra "Povo que canta", realizada em colaboração com RTP. Assim explica em que consiste este trabalho na web de sua filmografia http://www.michelgiacometti.com/, que também contém os textos falados pela narradora e parte dos roteiros:
"Nos primeiros quatro episódios, gravados na segunda metade do mês de Abril de 1970, durante a 1.ª campanha, são editados fragmentos dos inquéritos efectuados nas regiões do Algarve, do Baixo e do Alto Alentejo. Cada um destes episódios, o que de futuro não será uma norma, trata uma só localidade. Antecede os textos, cuja leitura pertencerá sempre a Celeste Amorim, uma introdução. É um curto texto sobre regressos e vontades de reconstituir um arquivo. Importa voltar a ele no fim deste percurso.
No primeiro episódio, onde se arquiva e edita um canto de afago e incitamento, mais do que divulgar um canto de trabalho, Giacometti explica como se deve proceder a um inquérito: uma caracterização, uma entrevista, a recolha no local e em contexto, o mostrar o equipamento (gravadores, microfones, câmaras...). É um episódio complexo, o mais curto de todos, que apenas serve de apresentação. O etnólogo apresenta-se a si e ao seu método. É também o início de uma exposição demorada, em cada episódio, do etnólogo, que não teme mostrar-se. Entre o povo. Por vezes em dificuldade. Atente-se à entrevista".
Este é o primeiro episódio:
Neste link há uma playlist de Youtube com alguns fragmentos de sua obra "Povo que canta":
https://www.youtube.com/watch?v=nwcGukMkR8I&list=PLYmwFR_XLSpaM0izjrd3xL5SR7aPZ3jEI
E nesta ligação tem uma breve biografia de Michel Giacometti, da web das escolas Giacometti:
http://escolasmichelgiacometti.net/index.php/o-agrupamento/49-biografia-de-michel-giacometti.html
Este mesmo site inclui um trabalho com storymap sobre a localização geográfica de cada episódio de Povo que ele canta, juntamente com uma breve descrição e o vídeo:
http://arcg.is/1PODSn
Outra questão importante que Giacometti nos mostra é que precisamos entender as maneiras de trabalhar para entender a oralidade; os modos de trabalhar, de estar juntos, de celebrar... Se separarmos, por exemplo, o canto ou o conto do contexto social e natural em que ocorre, ela perde o sentido e se torna folclore.
Entre suas obras etnomusicais, destaca-se a obra "Povo que canta", realizada em colaboração com RTP. Assim explica em que consiste este trabalho na web de sua filmografia http://www.michelgiacometti.com/, que também contém os textos falados pela narradora e parte dos roteiros:
"Nos primeiros quatro episódios, gravados na segunda metade do mês de Abril de 1970, durante a 1.ª campanha, são editados fragmentos dos inquéritos efectuados nas regiões do Algarve, do Baixo e do Alto Alentejo. Cada um destes episódios, o que de futuro não será uma norma, trata uma só localidade. Antecede os textos, cuja leitura pertencerá sempre a Celeste Amorim, uma introdução. É um curto texto sobre regressos e vontades de reconstituir um arquivo. Importa voltar a ele no fim deste percurso.
No primeiro episódio, onde se arquiva e edita um canto de afago e incitamento, mais do que divulgar um canto de trabalho, Giacometti explica como se deve proceder a um inquérito: uma caracterização, uma entrevista, a recolha no local e em contexto, o mostrar o equipamento (gravadores, microfones, câmaras...). É um episódio complexo, o mais curto de todos, que apenas serve de apresentação. O etnólogo apresenta-se a si e ao seu método. É também o início de uma exposição demorada, em cada episódio, do etnólogo, que não teme mostrar-se. Entre o povo. Por vezes em dificuldade. Atente-se à entrevista".
Este é o primeiro episódio:
Neste link há uma playlist de Youtube com alguns fragmentos de sua obra "Povo que canta":
https://www.youtube.com/watch?v=nwcGukMkR8I&list=PLYmwFR_XLSpaM0izjrd3xL5SR7aPZ3jEI
E nesta ligação tem uma breve biografia de Michel Giacometti, da web das escolas Giacometti:
http://escolasmichelgiacometti.net/index.php/o-agrupamento/49-biografia-de-michel-giacometti.html
Este mesmo site inclui um trabalho com storymap sobre a localização geográfica de cada episódio de Povo que ele canta, juntamente com uma breve descrição e o vídeo:
http://arcg.is/1PODSn
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